24 de março de 2014

Experiência de vida: Trabalho voluntário no Equador


Uma comunidade isolada, sem água encanada, com luz elétrica a muito pouco tempo, sem banheiro com a facilidade de puxar a descarga, sem chuveiros de água quentinha (e nem de água gelada haha), porém com uma das praias mais bonitas que já conheci fazendo as vezes de quintal de casa, com crianças que brincam o tempo todo sem nenhum brinquedo ultra-mega-tecnológico. Felicidade na mais pura e simples forma. 
Conhecer esse lugar era um dos meus sonhos, aí existe uma escola, e por uma foto dessa escola em um livro de arquitetura resolvi mudar toda a minha vida, parece loucura mas nem tanto. Quando decidi ir ao Equador, era pra conhecer esse lugar, e por coisas de um destino "muy loco" caí no lugar certo para poder conhecer a comunidade de Puerto Cabuyal, na costa do Equador.

A escola em questão se chama "Nueva Esperanza", foi a primeira a ser construída, projeto do escritório AlBorde, por pedido do professor e realizado com ajuda de voluntários, agora já existe outra parte construída "Esperanza II" e o que fomos ajudar a construir é "Última Esperanza"(ou alguma coisa assim ate hoje não tenho certeza), esse último projeto realizado pela a própria gente da comunidade, que numa iniciativa muito legal dos arquitetos de AlBorde, criaram uma espécie de escola de arquitetura e para a surpresa de todos, apesar de a maioria não saber ler, eles têm noções de arquitetura e uma sensibilidade para a coisa fantásticas! 

O projeto é incrivel e a paixão com que nos contam sobre ele é impressionante, fomos em um grupo pequeno de voluntários para ajudar na construção, apesar de alguns serem arquitetos não podíamos "nos meter" em questões de projeto, estávamos ali como mão-de-obra desqualificada e barata. Na reunião com os alunos dessa escola de arquitetura inusitada (e com o campus mais lindo entre todas as escolas de arquiteturas do mundo) fomos apresentados à uma maquete fantástica e com essa paixão um por um foi nos contando sobre o projeto e qual/como seria nosso trabalho aí. 

Cada tarefa realizada era uma vitória para os sedentários voluntários, fomos para passar apenas quatro dias de construção, pouco tempo, mas o suficiente para conhecer essa gente bonita e se conhecer um pouco mais. Foram milhares de risadas e muito aprendizado. Só posso dizer que sair da zona de conforto e arriscar fazer o que se gosta não é nada fácil, mas é absurdamente satisfatório  e lindo.





Trabalhar com esse visual não é nada mau!

Um comentário:

Anônimo disse...

que fantástica essa historia!!! Muito inspiradora, tao humanitária e corajosa. Simplesmente lindo o que tu fez, continue assim.

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